“Um café com…” MERCEDES HORTAL - R&D CoE Packaging Leader de CAMPOFRIO

Empack e Logistics & Automation Porto: Há pouco mais de um mês, foi anunciado que as marcas Campofrio estavam a mudar para embalagens 100% recicláveis. Diga-nos, o que significa isto exactamente e quais são as alterações na embalagem em comparação com o que tem sido utilizado até agora? 

Mercedes Hortal – Um dos objectivos estratégicos da Campofrio é o de conseguir embalagens sustentáveis. A este propósito, anunciámos recentemente o início da mudança da nossa carteira de produtos para embalagens 100% recicláveis. Esta mudança, que será feita progressivamente nos próximos anos, consiste em reduzir o número de materiais utilizados, bem como preferir materiais que possam ser eficazmente reciclados.
Além disso, como parte da nossa Estratégia de Embalagem Sustentável, a empresa prevê uma redução de 25% na utilização de plástico virgem até 2025; aumentar o conteúdo reciclado o máximoTendo em conta que a embalagem é uma forma de dar aos consumidores o que necessitam em termos de tamanhos, materiais, etc. Como é que a embalagens e os produtos Campofrío mudaram ao longo do tempo? possível; e explorar outras soluções de embalagem sustentável para substituir as não recicláveis.

E.L.Porto: Tendo em conta que o packaging é uma forma de dar aos consumidores o que precisam em termos de tamanhos, materiais, etc. De que forma é que as embalagens e os produtos Campofrio mudaram ao longo do tempo? 

Mercedes Hortal – O packaging é um verdadeiro reflexo das tendências dos consumidores e da variedade dos consumidores existentes, uma vez que a embalagem deve satisfazer estas novas necessidades e perfis.
Por esta razão, existem actualmente diferentes tipos de embalagens, desde as mais pequenas para famílias com menos membros, a formatos maiores que permitem um cesto de compras mais acessível.
Ao longo dos anos, as nossas embalagens adaptaram-se a estas necessidades, não só nos seus formatos, mas também nos tipos de materiais utilizados, que são cada vez melhores e mais sustentáveis, garantindo sempre a segurança alimentar dos nossos produtos. 

E.L.Porto: Trabalha no sector da embalagem há muitos anos, fale-nos um pouco da sua carreira, como começou neste sector e como vê o futuro do mesmo?

Mercedes Hortal – Bem, a verdade é que, cerca de 20 anos… quase nada!!!! Comecei neste sector por acaso, com um Mestrado em Tecnologias de Embalagem, porque vi o anúncio num jornal… até hoje!!!! Naquela altura estava à procura de entrar no mercado de trabalho e pensei que a embalagem, como sempre esteve presente, seria certamente uma boa opção. Acho que não estava errada. Ao longo dos anos é verdade que o que evoluiu muito são os materiais e, acima de tudo, o que há 10 anos eram questões raras como a sustentabilidade, o ecodesign, a reciclagem, são agora uma tendência clara e uma aposta que está aqui para ficar. Além disso, são claros factores de decisão na embalagem para as empresas. 

E.L.Porto: Pouco a pouco parece haver uma tendência do consumidor para reduzir o consumo de carne e optar por formas alternativas de consumo de proteínas, aliás, a Campofrio já possui também uma gama vegan. As exigências de embalagem destes produtos são diferentes das de um produto de carne tradicional? Pensa que esta tendência está aqui para ficar?

Mercedes Hortal – Embora a carne continue a ser um dos produtos mais consumidos em todos os mercados europeus, as alternativas vegetais estão a ganhar terreno nas prateleiras dos supermercados. Por esta razão, e com o objectivo de satisfazer as novas exigências dos consumidores que procuram alternativas à carne, a Campofrio está a trabalhar no desenvolvimento de novos produtos que se adaptem aos seus gostos.
No caso de produtos vegetarianos ou veganos, e como para qualquer outro produto, a embalagem deve ser adaptada às suas necessidades específicas em termos de conservação, prazo de validade ou apresentação, entre outros aspectos, e para esta gama os requisitos são semelhantes aos de qualquer produto alimentar.

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