Criar matéria-prima a partir do lixo marinho

Lixo marinho

A exploração de conceitos do ecodesign e da economia circular e azul para desenvolver produtos inovadores, utilizando lixo marinho como matéria-prima, esteve em cima da mesa da “International Conference by Azores EcoBlue”, realizada na AEP a 7 de dezembro. 

O ano de 2023 será particularmente relevante para o projeto Azores EcoBlue, financiado pelos EEA Grants e pela Direção-Geral de Política do Mar, de que a AEP é um dos parceiros. O Azores EcoBlue pretende utilizar e desenvolver inovadoras matérias-primas, transformando o lixo marinho da atividade piscatória açoriana em produtos diversos. Em fios e fibras que possam ser utilizados em tecidos e cobertores pelo setor têxtil, por exemplo. Ou novos revestimentos e argamassas para a construção civil, que até estão a originar um modelo-piloto de uma ecocabana, que será parametrizado de modo a ser replicado em qualquer parte do mundo. Pretende-se, assim, promover produtos de valor acrescentado junto de um nicho de consumidores que valoriza e compra de forma consciente produtos de ecodesign.

Como explicou o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, na abertura da conferência, o Azores EcoBlue “promove a economia circular e contribui para a sustentabilidade e vai buscar o recurso que Portugal tem aproveitado muito mal, que é o mar”. “Vamos buscar aquilo que prejudica o mar (lixos, resíduos) para os transformar e serem reutilizados na indústria têxtil” referiu, acrescentando que “este projeto deverá ser uma bandeira, como um exemplo daquilo que o país e o mundo podem fazer, transformando aquilo que é um problema numa grande oportunidade”.

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