Um café com… Luis Castilla Gamboa, Distribution & Transportation Lead na JOHNSON & JOHNSON MEDTECH

Empack e L&A: Fale-nos um pouco sobre si e sobre o seu percurso. Como foram os seus primeiros passos? E como tem evoluído dentro da Johnson & Johnson?

Luis: Tenho a sorte de ter desenvolvido toda a minha carreira profissional na Johnson & Johnson, uma empresa líder no setor. Comecei em 2014 como estagiário no departamento de Indirect Procurement e, a partir daí, fui aproveitando diferentes oportunidades em gestão de projetos e estratégia para ganhar mais experiência. A Johnson & Johnson é uma empresa internacional que incentiva o crescimento pessoal; no meu caso, deram-me a oportunidade de viver em Bruxelas durante três anos enquanto liderava projetos de Procurement, tanto a nível regional como global.

Para me aproximar das operações locais, regressei a Espanha em 2019, onde, desde então, tenho estado integrado na equipa de Supply Chain da Johnson & Johnson MedTech. Tive o privilégio de liderar equipas em Customer Services e Inventory & Asset Management. Atualmente, sou responsável pela Distribuição e Transporte, gerindo um magnífico grupo de profissionais que tornam possível entregarmos o nosso material a pacientes em toda a Espanha.

Empack e L&A: Durante o tempo em que tem trabalhado para a Johnson & Johnson, que projetos representaram para si um desafio profissional e porquê?

Luis: Felizmente, à medida que a minha carreira foi avançando, fui enfrentando projetos cada vez mais desafiantes. O atual — conseguir posicionar a nossa equipa de Distribuição e Transporte como Benchmark da região EMEA — é o desafio mais importante e mais gratificante que tive até agora. Trata-se de melhorar continuamente o dia a dia de uma equipa cujo trabalho tem um impacto direto em milhares de pacientes e hospitais em toda a Espanha, garantindo que lhes oferecemos o serviço de que necessitam de forma eficiente e sustentável.

Empack e L&A: Imagine que tivesse de implementar melhorias imediatas numa empresa no que diz respeito à cadeia de abastecimento. Quais seriam?

Luis: Se tivesse de implementar melhorias imediatas numa cadeia de abastecimento, começaria pela adoção de tecnologia avançada. Isto inclui sistemas de gestão da cadeia de abastecimento que integrem RFID ou Internet of Things (IoT), pois melhoram a visibilidade e a rastreabilidade em todos os níveis.

Por outro lado, promoveria uma comunicação mais eficaz entre todos os elos da cadeia de abastecimento, estabelecendo sistemas de colaboração em tempo real para antecipar problemas e gerir alterações de forma proativa.

Empack e L&A: Qual é o compromisso da Johnson & Johnson relativamente à sustentabilidade? Que mudanças aplicaram e que mudanças esperam aplicar em breve?

Luis: Na Johnson & Johnson, o nosso compromisso com a sustentabilidade manifesta-se através de diversas iniciativas que visam reduzir a nossa pegada de carbono, minimizar o impacto ambiental e promover práticas de fornecimento responsável. Trabalhamos no desenvolvimento de produtos que respeitam o meio ambiente, utilizamos materiais sustentáveis e promovemos a saúde global, investindo em comunidades desfavorecidas. Através da transparência no nosso relatório de sustentabilidade, Health for Humanity, partilhamos os nossos objetivos e progressos, reafirmando o nosso propósito de criar um futuro mais saudável e sustentável para todos — algo que também está consagrado no Credo da Johnson & Johnson e que orienta todas as atividades que realizamos.

A nível local, entre outras iniciativas, estamos a eliminar o uso de plásticos acessórios descartáveis e a realizar as obras necessárias para alcançar um Centro de Distribuição que aspire à independência energética no futuro.

Empack e L&A: Finalmente, se pudesse dar um conselho ao seu “eu” de há 10 anos, tendo em conta as mudanças imprevisíveis que enfrentámos nos últimos anos, qual seria?

Luis: Para qualquer pessoa que está a iniciar a sua carreira — e ainda mais no mundo da logística — o mais importante é a flexibilidade: estar aberto à mudança e procurar aproveitar as oportunidades que ela gera.

Por isso, o meu conselho iria precisamente nesse sentido: valorizar o lado positivo da mudança e compreender a importância de saber adaptar-se para poder abraçar novas experiências que nos ajudem a crescer profissionalmente.